setembro 14, 2008

Julho 2008 - Nº 49


2007-08: Ano da Graça do Senhor…

Recentemente a 'rede' de camiões que circulam nas nossas estradas e abastecem o nosso país parou, e com a sua paragem ia parando também o país inteiro. Isto devia-nos fazer pensar, muito mais, do que o susto de se ficar, de um momento para o outro, sem combustível no automóvel. Estamos habituados a ver, de vez em quando, uns "monstros" nas estradas, que frequentemente nos incomodam pela sua dimensão e estorvo, pelos inconvenientes de não nos deixarem ultrapassar e circular com “liberdade” na estrada. Porém, o 'iogurte' que aparece no supermercado, o play station que compramos na loja da nossa preferência, a 'hortaliça' fresca que encontramos no mercado são o resultado de uma cadeia de movimentos que nunca param, dia e noite, madrugada e pôr-do-sol. Se parassem, tudo pararia, como estivemos quase na iminência de ver. De facto, só quando a cadeia de funcionamento pára, é que começamos a ver um pouco mais para além do consumo imediato, do preço a pagar, no trato humano, na palavra de agradecimento, nas atitudes e relação humana.

O recente acontecimento, à escala nacional, poder-se-ia aplicar a tantas outras situações: desde a escola, local de trabalho, às instituições públicas ou sociais, inclusivamente, a uma comunidade cristã, paroquial. Numa comunidade paroquial, há um conjunto de forças, movimentos em cadeia que não param, nem podem parar, sob pena de tudo ficar mesmo 'congestionado'. De facto, se algum dia o conjunto das pedras vivas que compõem uma comunidade deixassem de circular, deixaria automaticamente de haver em bandeja, 'pronto a consumir', imensas vivências, encontros, celebrações, actividades. Nada cai do céu que não germine da terra, do esforço e trabalho humano; até a graça de Deus necessita de terreno para gerar frutos. Isto significa que em comunidade 'consumir' pressupõe previamente deixar-se ‘consumir’ pelo amor de Deus. Na medida em que nos deixamos 'consumir ' recebemos a nutrição de que se necessita para ser com os outros e para os outros; E NA MEDIDA EM QUE SE É, FAZ-SE! É nesta reciprocidade e comunhão que se alicerça a comunidade.

Assim, na fase final deste ano pastoral, vivido sob o mote: "a bondade é firme, o amor é exigente", é importante reconhecermo-nos, com simplicidade e humildade, amigos de Jesus; conscientes de que na bondade que implica firmeza; e no amor exigente que nos fez deixar de viver girando à volta de nós mesmos, encontrámos Jesus nos outros e, com os outros, fomos mais e mais. Por isso, queremos dizer a Jesus: obrigado pelo muito que vivemos através de cada uma das pedras vivas da nossa comunidade paroquial a quem chamas e confirmas ao Teu serviço. Fizemos comunidade e como comunidade vivemos muitos acontecimentos. Olhando para a calendarização do nosso plano pastoral, para as mil e tal fotos expostas em ambiente de partilha e comunhão e alusivas às principais actividades do ano, muitos foram os corações e memória que ficaram on e em acção de graças pelo ano da graça do Senhor: desde o magusto, à exposição de Dezembro, (grupo dos Lavores) desde a ceia de Natalà Missa da Meia-Noite; desde as inúmeras actividades dos nossos catequizandos, até às visitas domiciliares da Legião de Maria; desde a visita do Ir. David de Taizé, às equipas do Banco Alimentar na porta dos supermercados; desde a Academia Sénior, aos Movimentos da Esperança; desde o 'já crismados' que nos visitam, às Famílias Anónimas que “dão sempre a cara” para saudar; desde as 40 crianças que fizeram a Primeira Comunhão, aos 39 que fizeram a Profissão de Fé, e que, antes, tiveram a sabedoria de trocar a sala do ensaio, (e muito bem) pela da TV, e deliraram com o jogo Portugal-Républica Checa; desde a acção das conferências de S. Vicente de Paulo, às missas da catequese que tiveram tanto de criativo como de vivência e encontro com o Senhor Jesus; desde dos grupos de CVX que se reúnem para partilharem a fé, aos grupos de Bíblia que O procuram conhecer; desde o centenário de Santa Paula Frassinette, aos momentos de oração em que 'foi bom ter estado com Ele’; desde a inserção dos noviços, ao grupo que se aglomerou à volta deles para a vivência da fé; desde as caminhadas nocturnas, a tantas outras caminhadas, que são tão nocturnas que nem os próprios se apercebem do quanto cresceram para Deus; desde o apostolado da família, às famílias dos casais de Nossa Senhora que se reúnem para melhor se reconhecerem às luz da família de Nazaré; desde os coros que animam as nossas celebrações, aos que cantam no seu interior, para louvar a Deus; fundamentalmente, agradeçamos a Jesus o trabalho de tantos 'bastidores' que ninguém vê, mas são autênticos 'camiões', motores de arranque, de alegria, motivação e acontecimentos. Agradeçamos a Jesus o atendimento diário por algum dos jesuítas da comunidade religiosa, assim como muitos outros atendimentos por parte de quem está: no apoio, na escuta, no serviço, no gesto, na atenção. Não podemos deixar de agradecer a Deus; agradecer é uma das maneiras mais sublimes de pedir. Não é provável que se negue algo de bom, a quem agradecido reconhece o já recebido. No passado dia 22 de Junho, na peregrinação a Fátima, entregamos a Nossa Senhora o ano que vivemos, e pedimos a Maria, Mãe de Jesus e Nossa Mãe, que Ele abençoe a nossa comunidade, o nosso trabalho, as nossas famílias e vidas. Pedimos a Deus a graça, simplicidade e humildade para não ‘estragar’ o bem que Ele tem feito e quer ainda fazer nas nossas vidas: porque como ramos da videira que é Ele, podemos no futuro desejar mais e fazer muito melhor.

As férias avizinham-se. Desejo a todos, boas e merecidas férias. Para os que partem de férias, ou ficam, não esqueçamos que para viver, em Deus, não há paragem, uma vez que, mesmo para fazer boas férias, precisamos de Deus.

Padre Francisco Rodrigues, s.j.

Encontro CVX

Sábado, dia 28 de Junho

Éramos cerca de vinte pessoas, de diferentes grupos da CVX da Beira Interior, acompanhadas pelo nosso assistente regional, P.e Francisco Rodrigues e pelo P.e José Augusto Sousa, assistente de um dos grupos. Reuníamo-nos para o encerramento anual das actividades CVX

No sábado de manhã, saímos em direcção à Casa das Mimosas, na Serra da Estrela.>

O ar da serra, perfumado a eucalipto, as simpáticas instalações da Casa, o (muito bom) almoço partilhado e, principalmente, a alegria de estarmos juntos fizeram deste dia um dia inesquecível.

A amizade entre todos progride de Encontro para Encontro, porque também é reflexo de um Amor maior que lhe subjaz e foi igualmente vivido por nós: pelas cinco horas, tivemos Eucaristia, celebrada pelo P.e Sousa que, da parte da tarde, substtituiu o P.e Francisco, ocupado na Covilhã com tarefas inadiáveis. Outras tarefas inadiáveis tinham ocupado o P.e Sousa da parte da manhã. A seara é grande...

Regressámos ao fim do dia, felizes e em paz, cheios de projectos para o próximo ano CVX.

Sílvia Ferreira

PASSEIO DA COMUNIDADE PAROQUIAL

POEMA

DSC_0456Saímos da Covilhã ainda cedo

Um autocarro moderno

Que mais parecia um paquete…

Guiados p'lo nosso Pastor

Lá chegamos ao destino

Apesar do sol ardente

Corria um vento fresquinho.

Eucaristia Sagrada

Numa linda capela celebrada

O coro cantou como pombas

em revoada.

Visitamos o museu,

Obra grande…mãos de fada

E todos cheios de apetite

O farnel saborearam,

Os fotógrafos sempre atentos

Um bom trabalho prestaram.

O regresso foi animado

Chegamos todos sem mazelas

Para o ano queremos mais

Nem que nos doa as canelas.

Conceição Torrão

Peregrinação a Fátima

No domingo, dia 22 de Junho, 60 pessoas da nossa comunidade e cidade fizeram uma peregrinação a Fátima. O calor dos corações, associado ao calor climático, sentiu-se logo pela manhã e 'acompanhou' o grupo ao longo do dia. O nosso pároco sugeriu que se parasse em "Áveiras", para café, mas o grupo pediu, implorou, exortou para que a paragem não se efectuasse em "Áveiras" mas em "Há-brantes". E assim foi. Seguida a viagem, o motorista, Sr. Filipe, estava preocupado, pediu que todos os passageiros colocassem o cinto, pois a polícia à paisana seguia o autocarro desde a origem do destino, Covilhã. E eis que descobriu que os polícias em carros disfarçados pertenciam a membros da nossa comunidade paroquial, que, não podendo viajar no autocarro, seguiram este, obedientemente. Tudo serviu para dispor bem, e até a segurança de quem viaja saiu reforçada. E, em ambiente de festa e oração do terço, chegámos a Fátima.

Após a chegada, e depois de saudar Nosso Senhora, dirigimo-nos à Capela da Casa das Irmãs Reparadoras, onde participámos na Eucaristia celebrada pelo nosso Pároco, P. Francisco Rodrigues, s.j. Depois desta, e porque a hora já convidava, procurámos um lugar fresco e acolhedor para, em ambiente de partilha, almoçarmos. O local era tão bom, que até deu direito a sesta. Durante o período da tarde, entre momentos 'livres' e propostas para o grupo, visitámos o Museu da Vida de Cristo, de que gostámos e recomendamos. Por fim, depois da foto de família, iniciámos a viagem de regresso, no decorrer da qual fizemos nova paragem na área "Áveiras" desculpem, "Há-brantes". O tempo do lanche permitiu repouso, bom ambiente, e até uma pequena quermesse fizemos, em proveito da nossa Igreja, tão necessitada de todos nós.

José António Fazenda



1º Ano - 2


Grupo do 1º Ano

Um ano de catequese

O coração da nossa comunidade pulsou intensamente com as crianças, jovens, pais, catequistas, pároco e colaboradores mais próximos. Na catequese, em grande grupo, foram partilhadas e vividas experiências humanas e de fé, novas aprendizagens, desafios e desenvolvidas muitas actividades.

Mesmo com as exigências e dificuldades típicas da existência de grupos de catequizandos muito extensos e da exiguidade de espaços, a inspiração e a união do Espírito Santo fortaleceu-nos e, assim, conseguimos vencer as barreiras, chegar à meta com a alegria e serenidade de quem afirma: 'missão cumprida!'

Mas como o fim do caminho não se avista, observamos já no horizonte o novo ano que nos trará desafios e ambições para que todos juntos o possamos percorrer na mesma direcção: 'crescermos, vivermos e testemunharmos a fé em Jesus Cristo'. Acreditamos que alguns obstáculos se irão desvanecer com o empenho de todos os intervenientes deste processo catequético, tanto na melhoria dos espaços físicos e funcionais, como na relação mais próxima entre todos, vivendo em comunidade e 'unidos numa só alma e num só coração'.

Nuno Miguel

Encontro de "Agentes Pastorais" Sábado dia 21 de Junho

Saímos pela manhã em direcção à "Casa das Mimosas", situado em S. Romão, no interior da montanha, Serra da Estrela.

Éramos 17 pessoas com o nosso pároco, P. Francisco Rodrigues. Este grupo aceitou o convite para, em banquete festivo, quer à volta da mesa, refeição, quer eucarístico, agradecer o Deus o fim do ano pastoral que já espreita.

A maior parte das pessoas não conhecia o local e, por isso, era grande a expectativa no fim de cada curva, contra curva, numa estrada estreita ladeada de árvores e de matizes verdes e amarelos, convidativos ao encontro com o "Senhor de todas as coisas".

E, já ao longe, casa à vista, portas abertas, géneros na cozinha, água a jorrar pelas torneiras, grelhador com as brasas em lume, janelas a abrirem-se para entrar o sol e o ar… sim! De facto Alguém estava à nossa espera: «Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto e descansai um pouco» (Jo 21,19).

Assim, mais do que avaliar o ano pastoral, vivemos a alegria e a partilha da nossa missão cumprida; por vezes em diferentes tarefas, mas tão comum naquilo que é essencial, como seja: na Verdade e na Pessoa que nos chama e nos congrega.

Ao fim da tarde, celebrámos Eucaristia, a qual nos voltou a lançar para a vida. Houve oferta, entrega e acção de graças, frutos naturais da vivência daquele dia de ENCONTRO.

Alice Matos




O Nosso Pároco

O nosso Pároco, Padre Francisco Rodrigues, s.j. partiu para a Califórnia, na passada quinta-feira, por 4 semanas. Partiu em missão, como ele próprio definiu. Desejamos que o empenho e dedicação, com que ele tem vivido a sua missão connosco, continuem na outra parte dos mares; e que em Agosto, quando regressar; o P. Francisco saiba, saibamos todos, que podemos contar uns com os outros.

(redacção e secretariado do MG)

Mar da Galileia

Durante os meses de Agosto e Setembro suspendemos, por motivo de férias, a publicação do nosso Boletim Paroquial.

Decorreu um ano Pastoral cheio de vivências e desafios que procurámos ir noticiando ao longo dos nossos artigos. Congratulamo-nos com tudo o que foi ansiado, conseguido e vivido.

Contamos voltar no inicio do mês de Outubro e agradecemos toda a colaboração e acolhimento que nos foi dado, fazendo votos de BOAS FÉRIAS.


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