dezembro 18, 2014
agosto 02, 2014
JULHO 2014
AS ONDAS DO MAR
NOTÍCIAS DA NOSSA COMUNIDADE DE JESUÍTAS
Nos Duzentos anos da Restauração da Companhia de Jesus
(7 de Agosto de 1814 a 7 de Agosto de 2014)
Pediram-me para o “MAR DA GALILEIA, o último Boletim deste ano pastoral, umas palavras que fossem de acção de graças por tudo o que nos foi dado viver, durante este ano, como comunidade paroquial e também para dar algumas notícias sobre a nossa comunidade de Jesuítas. Faço-o com todo o gosto e muito desejo que estas palavras aqui lançadas hoje às ondas do “MAR DA GALILEIA cheguem muito suavemente às vossas casas, não só as minhas, mas as palavras de todos aqueles e aquelas que o fizerem durante o próximo ano pastoral. São as vivências comuns que nos fazem viver na alegria e acolher também o peso do quotidiano e até o sofrimento como redentor.
O PADRE JOSÉ FRAZÃO ENTRE NÓS: Ninguém jamais duvidaria de que o padre José Frazão seria bem acolhido entre nós. Desde que fez connosco a experiência pastoral da Terceira Provação, ficou-nos sempre o gosto da sua palavra jovem, banhada na imagem, esclarecedora, cheia de luz e de esperança. Agora que nos visita como Provincial, poderemos aproveitar ainda muito mais da sua fé e das vivências espirituais tão ricas com que sempre nos presenteia. Recolhemos aqui algumas ideias encorajadoras do padre Frazão, no seu livro “ENTRE-TANTO, a difícil bênção da Vida e da Fé”. A dada altura, ele diz-nos mais ou menos o seguinte: perante os limites impostos pelo mundo à nossa fé, é preciso morrer para o poder, para o conforto do centro, para viver o trânsito inseguro das periferias. Tal como o Mestre que não tem onde repousar a cabeça, aprendemos a ter o mundo como casa. O papa Francisco fala também da Igreja “em saída” da Igreja em êxodo, em saída para as periferias para testemunhar daquilo que constituiu a nossa esperança.
CELEBRAÇÃO DOS DUZENTOS ANOS DA RESTAURAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS (7 DE AGOSTO DE 1814 A 7 DE AGOSTO DE 2014).
Confesso que nós, Jesuítas, podemos correr o perigo de não falar tanto da nossa vida como seria talvez nosso dever. Falo por mim, a quem um certo pudor e uma discrição, talvez exagerada, podem não ser bons conselheiros.
Acredito, porém, que, quando vivemos como Jesuítas, o nosso estilo de vida e nosso modo de proceder transparecerão e isso é o mais importante. Em todo o caso, uma coisa que nunca nos falta em S. Tiago (Paróquia de S. Pedro na Covilhã), é a referência aos nossos santos jesuítas. Vem isto a propósito para vos dizer que sempre ficamos muito gratos com vossa participação na festa do nosso Fundador, Santo Inácio, que celebramos cada ano, no dia 31 da Julho e o mesmo se diga da presença do Senhor Bispo D. Manuel, Bispo da Igreja Local da Diocese da Guarda. E não é próprio da Companhia “sentir com a Igreja?!... E, por isso, temos pena de vos anunciar que este ano não vamos celebrar essa festa convosco, aqui, em S. Tiago. E qual a razão? É que este ano celebramos duzentos anos da Restauração da Companhia, pelo Papa Pio VII, no dia 7 de Agosto de 1814. Por que falamos de Restauração? Como sabemos, a Companhia de Jesus foi fundada por Santo Inácio de Loyola e aprovada pelo papa Paulo III, em 1540. Desde esse ano, até ao momento da supressão pelo Papa Clemente XIV, em Julho de 1773, a Companhia de Jesus prosperou rapidamente por toda Europa e por todo o mundo. Não vamos precisar aqui as razões desta supressão que já nos foram explicadas pelo padre Júlio Trigueiros, quando nos falou deste assunto, na conferência que proferiu, uns meses atrás, na Sala de Santo Inácio. Aqui, apenas queremos referir que a data que este ano celebramos dos duzentos anos da Restauração é, para nós, muito festiva e que queremos celebrá-la, todos os Jesuítas, em conjunto, na casa de retiros de Soutelo, no dia 31 De Julho. Mas esta celebração festiva é de todos nós, daquela que podíamos chamar a família Inaciana (a Companhia de Jesus, os benfeitores e amigos e também as mais de 30 Congregações Religiosas Inacianas, os milhares de leigos e leigas, membros das Comunidades de Vida Cristã (C.V.X)), mas também a festa é de todos vós, os que procurais connosco viver o amor a Cristo a exemplo de Santo Inácio de Loyola. Recolhamos a consolação que nos dará esta data festiva da Restauração e de que tanto se fala nos Exercícios!.. Quando Inácio fala de consolação, apoia-se na união com Deus. Consolação é sentir em si mesmo o crescimento da fé, da esperança e da caridade, é ter a impressão duma proximidade com Deus e de confiança nos outros. São os frutos da Ressurreição. S. Paulo fala destes frutos: a caridade, a alegria, a paz, o serviço, a longanimidade, a confiança e a doçura do coração (Gálatas, 5,22).
DESPEDIDA DO PADRE HERMÍNIIO E VINDA DOS PADRES RAFAEL MORÃO E HENRIQUE RIOS
Foi de todos conhecida a recente despedida do Padre Hermínio e a Companhia agradece tantas manifestação de carinho no dia em que ele partiu para a sua nova missão no Pragal. Uma das coisas que mais nos caracteriza na Companhia de Jesus é a disponibilidade para a Missão. Semear e semear sempre, mesmo que os que vierem a seguir sejam os que recolhem os frutos!.. E, daí, o estar disponível para levantar as estacas do acampamento. Mas vamos receber o Padre Rafael Morão que me vai substituir a mim como Superior da comunidade e ser pároco “in solidum”, que já sabeis o que significa: “in solidum” com o Padre Manuel Vaz Pato. O Padre Henrique Rios será um homem de dentro e de fora, um apostolado aos modos do mundo de hoje ou, então, se quisermos, nós, Jesuítas, um missionário “discorrente” dos nossos tempos, colorido com as marcas do “missionário discorrente” dos tempos antigos. Bem-vindos os padres Rafael e Henrique. A mim, que me despeço como Superior, mas que fico na Covilhã, digo-vos que, embora o Superior da Comunidade de Jesuítas não seja para vós, aqui na Covilhã, a vossa referência mais imediata, ele é e deve ser o animador espiritual de tudo e a última palavra de confiança para que a Missão seja levada a bom termo. Bem-haja ao Mar da Galileia por estas minhas palavras poderem ir nas ondas do mar até à casa de cada um, a boa praia, onde têm de amarar suavemente.
P. José Augusto de Sousa S. J.
P. José Augusto de Sousa S. J.
ORDENAÇÕES SACERDOTAIS
Foi enorme a nossa alegria
e gratidão ao Senhor, pela ordenação de seis padres jesuítas, alguns dos quais
passaram pela nossa Comunidade Paroquial durante o noviciado, marcando-nos com
sua alegria, empenho, criatividade e testemunho de Fé. Aqui deixamos um breve
testemunho padre Paulo Duarte, sj, a quem agradecemos, desejando que Deus os
acompanhe sempre, dia-a-dia nas suas vidas.
«“É impressionante a passagem do tempo, sem quase se dar
conta.” Esta frase, ou parecidas, tem vindo bastante às conversas nestes
últimos tempos. Pensar que já passaram 11 anos, no caso do João Goulão, 10, no
caso do Carlos e do Gonçalo e 9, no caso do Frederico e meu, desde que
estivemos aí na Covilhã a fazer a prova de noviciado e agora já somos padres!
Sim, do grupo dos 6 novos padres, 5 passaram por essas terras de montanha. Foi
no passado dia 5 de Julho, em conjunto com mais 3 Companheiros, que fomos ordenados
pelo D. Virgílio Antunes, na Sé Nova de Coimbra. Foi uma cerimónia rodeada de
companheiros jesuítas, familiares e amigos que connosco viveram aqueles bonitos
momentos em que recebemos o dom de servir a Deus no sacerdócio, na Companhia de
Jesus. Muito veio aos nossos corações, onde recordámos a formação que nos foi
dada até chegarmos a este dia tão bonito. Claro está, mesmo que pareçam já
longínquos, esses tempos na Covilhã também surgem na memória agradecida. Damos
graças a Deus pela amizade e carinho que se fizeram sentir pelas mensagens e
abraços que recebemos dos amigos que aí estão. Contem com as nossas orações.
Nós continuamos a contar com as vossas.»
Foi enorme a nossa
alegria e gratidão ao Senhor, pela ordenação de seis padres jesuítas, alguns
dos quais passaram pela nossa Comunidade Paroquial durante o noviciado,
marcando-nos com sua alegria, empenho, criatividade e testemunho de Fé. Aqui
deixamos um breve testemunho padre Paulo Duarte, sj, a quem agradecemos,
desejando que Deus os acompanhe sempre, dia-a-dia nas suas vidas.
P. Paulo Duarte, sj
A nossa catequese
Juntámo-nos para avaliar a missão
que nos fora entregue pelo Pároco e que o Senhor foi confirmando ao longo do
ano. Começámos com sonhos e desejos, traçámos metas, definimos objectivos...
Demos conta das exigências e dificuldades típicas da existência de grupos de
catequizandos muito extensos para os espaços disponíveis, mas a inspiração
ajudou-nos a chegar ao fim com serenidade.
A avaliação ajuda a olhar o passado
com os olhos postos num futuro mais promissor, porque a cada ano, outro se
sucede com os seus desafios.
Assim, surgia já no horizonte o novo
ano que nos trará desafios e ambições para que todos juntos o possamos
percorrer na mesma direcção e os momentos bons e menos bons, as dificuldades e
as alegrias, tudo foi entregue Àquele que nos envia.
Congratulámo-nos ainda com
os 21 jovens que celebraram o Sacramento do Crisma na certeza de que teremos
mais vida e mais jovens empenhados na comunidade paroquial. Fica o abraço do
tamanho de uma catequese que quer servir, segundo a Palavra, e votos de óptimas
férias.
Até breve, P. Hermínio
Congratulámo-nos
ainda com os 21 jovens que celebraram o Sacramento do Crisma na certeza de que
teremos mais vida e mais jovens empenhados na comunidade paroquial. Fica o
abraço do tamanho de uma catequese que quer servir, segundo a Palavra, e votos
de óptimas férias.
O P.
Hermínio Vitorino, que esteve entre nós, nos últimos três anos, despediu-se
agora da comunidade que tanto ajudou. Foi prestar serviço para outra paróquia
onde o seu zelo, a sua disponibilidade e a sua capacidade de trabalho poderão
ser mais urgentes. Em tudo amar e servir Aquele que o chamou ao Seu serviço.
Os
muitos paroquianos e outros amigos que acorreram à Igreja estavam, obviamente,
comovidos. E o P. Hermínio teve de interromper, por momentos, a
celebração da Eucaristia, porque a sua comoção o impedia de falar.
No
jantar que se seguiu, houve convívio, alegria, amizade, "trovas"
cantadas pelo P. Sousa bem acompanhado por um coro a preceito, um pouco
de nostalgia e também (boa) comida e muito
trabalho voluntário
Até
breve, P. Hermínio, venha estar connosco sempre que puder!
Sílvia
Ferreira
Coração de Jesus
Alinho
estas reflexões no próprio dia da festa do Coração de Jesus. E apetece-me
interrogar: porquê esta devoção ao Coração de Jesus e não simplesmente a Jesus?
Atendendo à Sua vida de pregação e milagres, a haver distinções na adoração do
Seu Corpo, pareceria, à primeira vista, que se deveria dar mais relevo à Sua
língua (como acontece com Santo António) ou, talvez, às Suas mãos. É claro que,
desde logo, intuímos que, aqui, a referência a “coração” tem outro alcance, tem
outra dimensão humana, muito para além da designação do órgão impulsionador do
sangue. De facto, são mais as vezes que usamos a palavra em sentido figurado de
amor, bondade, sensibilidade, carinho, etc. Talvez porque a vida se encontra
imediatamente dependente do funcionamento do coração, o conteúdo desta palavra
exprime também a totalidade do ser humano, seja ele bom ou seja mau. Os
exemplos são inúmeros. Ser um “bom coração” é elogio muito maior do que “ser
inteligente”. O coração é a sede do amor e da amizade, da sensibilidade ao
sofrimento alheio, mas também do ódio e do egoísmo.
Jesus
afirma: “Vinde a Mim todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos
aliviarei. (…) Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração, e
encontrareis descanso” (Mt. 11, 28-29).
Assim,
de facto, a devoção ao Coração de Jesus é a devoção a Jesus Cristo, mas
acentuando o reconhecimento pela sua entrega à morte – não pelo sofrimento como
tal, mas porque essa entrega manifesta, até ao limite, o amor que levou o Filho
a encarnar e a partilhar a imensa dor humana. Tal gesto só podia brotar de um
Coração infinito (se assim podemos dizer). Situa-se para lá de tudo o que
poderia ser imaginado ou desejado pelos humanos.
E mais:
Jesus afirmara que onde dois ou três se reunissem em seu nome, aí estaria Ele
também. É sobretudo na assembleia eclesial que esta promessa se realiza. Ora,
foi do seu Coração moribundo que nasceu a Igreja, como nota S. João ao
sublinhar que do Coração aberto pela lança, “saiu sangue e água” (Jo.19, 34).
Refere-se aos dois principais sacramentos (Eucaristia e Baptismo) que dão vida
à Igreja.
P.
Manuel Vaz Pato, sj.
Vida Paroquial, o presente e o futuro...
Solenidade de Santo Inácio de Loyola
No dia 31 de
Julho, celebra-se a Solenidade de S. Inácio de Loyola, fundador da Companhia de
Jesus
Haverá festa para
toda a Comunidade Jesuíta, mas contrariamente ao habitual e porque os
Jesuítas portugueses se reúnem em Soutelo para celebrar os duzentos anos
da Restauração da Companhia de Jesus, os nossos padres estarão
ausentes. Queremos contudo, viver este dia de agradecimento ao
Senhor, por tanto bem recebido através de Inácio e da Companhia de
Jesus unidos a todos os Jesuítas.
Que cada um de
nós, na medida das suas possibilidades, possa encontrar o momento e o local
apropriado para celebrar e agradecer a alegria de fazer parte desta Paróquia
confiada à Companhia de Jesus.
Informações úteis
Durante todo o
mês de agosto, a Igreja paroquial estará fechada da parte da tarde. Porém, aos
domingos e no dia 15, Nª Sª da Assunção, abrirá pelas 18.00 horas, para a
Missa das 19.00.
A missa
semanal das 8:00 será suprimida durante o mês de
agosto. Manter-se-á somente a das 11:00 horas. Mantém-se o
horário das missas de domingo.
A
Secretaria estará fechada na segunda quinzena, de 15 de agosto a 3 de setembro, que
é 2ª feira.
Dia 4 de
setembro, 3ª feira, recomeçaremos com o funcionamento normal e as
inscrições para o próximo ano catequético.
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